Recife

Laboratórios editoriais

Laboratório realizado no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhaães
De 24 de fevereiro a 1 de março de 2011

Tomando como ponto de partida a experiência da revista Tatuí, suas editoras propuseram três dias de laboratório que discutiu acerca das possibilidades da crítica de arte a partir da construção coletiva de um projeto editorial composto de textos e outros tipos de conteúdo crítico, produzidos ao longo do período proposto. Partindo dessa prática, investigou-se a relação entre arte e crítica, objeto e sujeito da análise, forma e conteúdo, pensamento e práxis, levando em consideração as especificidades do contexto local. Ao final do laboratório, realizou-se o lançamento de (revista), título do projeto editorial coletivamente desenvolvido ao longo do período, acompanhado de debate aberto ao público.

(revista) (exposição) (texto de parede) (mediação) (coquetel)

Com a participação de estudantes de arte, história, cinema, arte-educadores, escritores, arquitetos – desenvolveu-se um conjunto de intervenções que investigam as diversas possibilidades da crítica de arte na atualidade. Além da (revista), publicada em formato A2 com textos dos integrantes da oficina e projeto gráfico de Raul Luna, serão realizadas também outras ações: uma (exposição) a partir de obras da Coleção MAMAM, intervenções sobre exposições em cartaz no Mamam (no folder e no texto institucional das mesmas), uma (mediação), um (coquetel) e um (texto de parede).

(revista)
Editada coletivamente ao longo da oficina, a (revista) tem papel múltiplo: além de veicular os textos produzidos ao longo dos encontros (que versam sobre temas tão diversos quanto arquitetura, linguagem, crítica, arte-educação, público, experiência estética, autoria ou leis de incentivo à cultura), é também o (texto de parede) da (exposição) realizada pelo (grupo). Com projeto gráfico experimental, que possibilita que seja lida de várias formas, a (revista) reflete a multiplicidade de focos com o que a crítica de arte foi vista ao longo da oficina.

(exposição)
Curada coletivamente a partir de obras da Coleção MAMAM, a (exposição) traz, para o Aquário MAMAM, obras que dialogam com a crítica de arte, a crítica cultural ou com a linguagem, o discurso e suas falências – questões que atravessaram as discussões da oficina. Com trabalhos de Paulo Meira, Rosana Ricalde, Bruscky & Santiago, Tomie Ohtake (sobre álbum de Haroldo de Campos), a (exposição) conta também com (texto de parede) pensado coletivamente pelo (grupo) de curadores, que buscou fugir à excessividade discursiva que costuma identificar tais textos para situar a (exposição) de outro modo.

(intervenções)
Na exposição Ciclos Alterados, de Rodrigo Braga, que ocupa o primeiro e segundo andares do MAMAM, serão realizadas duas (intervenções). No (folder) da mostra haverá um vocabulário crítico para pensá-la, e em seus (textos de parede), o institucional e o da curadoria, duas intervenções que problematizam, de um lado, os conteúdos abordados e, de outro, o papel mediador que se espera desses textos.

(mediação)
Realizada na mostra Da fotografia, dos conceitos que, com curadoria de Georgia Quintas, ocupa o térreo do MAMAM, a (mediação) põe em xeque o tradicional papel do mediador cultural e da arte educação, problematizando também a formação da Coleção MAMAM.

Integraram a oficina:
Elysangela Freitas
Igor Borba
Jucélio Mattos
Lorena Taulla
Marília Bivar
Paula Frassinetti
Paula Melo
Rebeka Monita
Toni Fontes

 

Imagens/Vídeos